segunda-feira, 19 de março de 2012

MINISTROS DE MÚSICA, MINISTROS DE LOUVOR

"Louvai-o com címbalos sonoros, louvai-o com címbalos retumbantes. Tudo o que respira louve o Senhor!" (Sl 150,5) 1- MINISTROS DE LOUVOR SEPARADOS POR DEUS: As escrituras nos asseguram que todas as coisas foram criadas por Deus e para Deus, e para o Seu louvor: "Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele". (Cl 1,16) Em sua visão escatológica, São João pôde ver o louvor de toda a criação: "E todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contêm, eu as ouvi clamar: Àquele que se assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos". (Ap 5,13) Se todas as coisas criadas, desde o início da criação até o fim dos tempos, estão destinadas para o louvor de Deus, o que dizer do homem e mulher, criados à Imagem e Semelhança do Criador... E dentre todos os homens e mulheres existe uma categoria de pessoas que foram separados igualmente para MINISTRAR LOUVOR, para levar outras pessoas a louvarem o Senhor: O MINISTRO DE MÚSICA É ESSENCIALMENTE UM MINISTRO DE LOUVOR, não por vontade própria, mas por eleição de Deus. No povo eleito, dentre as doze tribos de Israel, Deus separou a tribo de Levi atribuindo-lhe uma destinação especial, a de serem inteiramente Dele: "Eu tomei os levitas dentre os filhos de Israel em lugar de todo primogênito, que abre o seio de sua mãe entre todos os israelitas. Os levitas serão meus". (Nm 3,12) "Separarás desse modo os levitas do meio dos israelitas, e eles serão meus". (Nm 8,14) A tribo de Levi não recebeu parte alguma na divisão da terra prometida(1). Contudo, Deus lhes prometera: "Por isso Levi não teve parte nem herança com seus irmãos: porque o Senhor mesmo é o seu patrimônio, como lhe prometeu o Senhor, teu Deus". (Dt 10,9) Aos levitas cabiam as atividades sacerdotais, como também todas as atividades relacionadas ao culto divino, desde a época que os israelitas se reuniam no deserto na tenda: Levavam a arca da aliança e abençoavam em nome do Senhor e a eles cabia ainda a condução dos cânticos de louvor ao Senhor e a música instrumental(2). Algumas narrativas a respeito do louvor ministrado pelos levitas chamam nossa atenção, como esta da época do Rei Davi: "Os sacerdotes mantinham-se em seus postos; igualmente os levitas com os instrumentos de música do Senhor, que Davi tinha mandado fazer para celebrar os louvores do Senhor, quando confiou-lhes essa função de cantar os louvores do Senhor: Porque sua misericórdia é eterna. Os sacerdotes diante deles tocavam trombetas, enquanto toda a multidão dos israelitas mantinha-se de pé". (2Cr 7,6) As funções dos levitas eram intransferíveis. Ou seja, quem tentasse fazer aquilo que era próprio dos levitas, sofriam punições. ASSIM, O MINISTRO DE MÚSICA NÃO DEVE QUERER NADA PARA SI. CABE-LHE APENAS E TÃO APENAS O MINISTRAR O LOUVOR DE DEUS, LEVANDO O POVO A DEUS. PARA ISSO FOI SEPARADO, FOI CHAMADO, FOI ESTABELECIDO. NINGUÉM PODE FAZER ISSO EM SEU LUGAR. DAÍ SER NECESSÁRIO ASSUMIRMOS NOSSO POSTO. 2- O QUE É O LOUVOR? O louvor é uma das formas de oração da vida cristã, cf. o Catecismo da Igreja Católica, sendo que todas as formas de oração estão contidas e expressas na Eucaristia (CIC, Itens 2643 – 2644). Conforme o mesmo Catecismo, a oração de louvor pode ser definida como a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus. É completamente desinteressada: canta Deus por Ele ser quem é e glorifica-O porque Ele é(3). LOGO, LOUVAR O SENHOR É RECONHECER QUE DEUS É DEUS, CANTANDO-O E GLORIFICANDO-O POR QUEM ELE É. Desta forma, podemos distinguir a oração de louvor da ação de graças, na qual agradecemos a Deus pelo que Ele faz. O louvor é devido a Deus, logo às três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. 3- QUANDO LOUVAR? A palavra de Deus nos indica que o louvor deve estar constantemente em nossas bocas: "Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo!" (Ef 5,20) "Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo". (1Ts 5,18) 4- MURMURAÇÃO: O OPOSTO DO LOUVOR. A murmuração é o oposto do louvor, e em última análise atrai sobre nós a ação do exterminador: o demônio. “1. (Não quero que ignoreis, irmãos), que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e que todos atravessaram o mar;2. todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar;3. todos comeram do mesmo alimento espiritual;4. todos beberam da mesma bebida espiritual (pois todos bebiam da pedra espiritual que os seguia; e essa pedra era Cristo).5. Não obstante, a maioria deles desgostou a Deus, pois seus cadáveres cobriram o deserto.6. Estas coisas aconteceram para nos servir de exemplo, a fim de não cobiçarmos coisas más, como eles as cobiçaram. 7. Nem vos torneis idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo sentou-se para comer e para beber, e depois levantou-se para se divertir (Ex 32,6). 8. Nem nos entreguemos à impureza como alguns deles se entregaram, e morreram num só dia vinte e três mil. 9. Nem tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, e pereceram mordidos pelas serpentes. 10. Nem murmureis, como murmuraram alguns deles, e foram mortos pelo exterminador.” (1 Cor, 10:1-10). 5- O LOUVOR NOS GRUPOS DE ORAÇÃO: O louvor é um elemento constitutivo essencial do Grupo de Oração e é essencialmente ministrado pelo ministro de música. Pe. Alírio Pedrini, um dos pioneiros da RCC nos indica que: “O louvor é a oração dominante, nos grupos carismáticos. Não tanto como um esforço humano de renovação, mas, muito mais, como uma manifestação espontânea do Espírito, como um jorro que vai brotando do coração, como uma fonte. Ou como um clima, uma atmosfera criada pelo Espírito. Realmente, o Espírito Santo é um Espírito de louvor. Onde o Espírito se manifesta, o louvor jorra, inebriaga, envolve, cria clima e atmosfera”.(4) De fato, o Batismo no Espírito Santo, identidade da RCC, está profundamente caracterizado pela manifestação de um genuíno louvor. É o que pôde ser observado na Igreja Primitiva: "Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus". (At 10,44-46) DESTE MODO, O MINISTÉRIO DE MÚSICA POSSUI RESPONSABILIDADE REDOBRADA NO SEU MINISTRAR, POIS SE O LOUVOR FOR BANIDO DOS GRUPOS DE ORAÇÃO, OU FOR MAL MINISTRADO, ESTARÁ EM JOGO UMA DAS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO. Certamente a falta ou a má ministração do louvor é um dos pontos que têm enfraquecido nossos grupos de Oração. Deste modo, o ministro de música deve tomar para si a responsabilidade de restabelecer o louvor no seu Grupo de Oração. 6- A TENTAÇÃO DA VAIDADE PODE DESVIRTUAR O MINISTRO DE LOUVOR: Em verdade, o inimigo de Deus opera para que não haja louvor nos Grupos. Ele mesmo quis retirar de Deus o louvor que lhe era devido, querendo Ele mesmo ser louvado como Deus(5). Aqui cabe uma advertência: Lúcifer era um querubim à serviço do louvor de Deus. Ao seu serviço estava a orquestra dos anjos de Deus. A vaidade que surgiu nele superou aquilo para o que Ele havia criado!(6) Não podemos permitir que isso ocorra com nossos ministérios... Como o salmista, devemos proclamar: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória, por amor de vossa misericórdia e fidelidade". (Sl 113,9) Podemos querer colocar o nosso dom acima do Senhor dos dons, ao invés de a seu serviço. Não por outro motivo, o saudoso Papa João Paulo II ao escrever a nós artistas, sublinhou: “Por isso, quanto mais consciente está o artista do « dom » que possui, tanto mais se sente impelido a olhar para si mesmo e para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor. Só assim é que ele pode compreender-se profundamente a si mesmo e à sua vocação e missão.” (7) 7- FRUTOS DO LOUVOR: O louvor é uma oração extremamente poderosa e libertadora. Dos seus frutos, podemos destacar que o louvor: a) Atrai a Glória de Deus - "No momento em que os tocadores de trombeta, e os cantores se uniam para celebrar numa mesma sinfonia o louvor do Senhor, no momento em que faziam ressoar o som das trombetas, dos címbalos e de outros instrumentos de música com este hino: Louvor ao Senhor porque ele é bom, porque sua misericórdia é eterna, nesse momento o templo, o templo do Senhor, encheu-se de uma nuvem tão espessa que os sacerdotes não puderam permanecer ali para exercer sua função. A glória do Senhor enchia a casa de Deus". (2Cr 5,13-14)" b) Ergue o povo - "Os sacerdotes mantinham-se em seus postos; igualmente os levitas com os instrumentos de música do Senhor, que Davi tinha mandado fazer para celebrar os louvores do Senhor, quando confiou-lhes essa função de cantar os louvores do Senhor: Porque sua misericórdia é eterna. Os sacerdotes diante deles tocavam trombetas, enquanto toda a multidão dos israelitas mantinha-se de pé". (2Cr 7,6) c) Confunde o Inimigo - "No momento em que era entoado este cântico de louvor, o Senhor fez cair numa emboscada os amonitas, os moabitas e os habitantes da montanha de Seir que tinham vindo atacar Judá. Foram destruídos. " (2Cr 20,22) "Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos". (Sl 8,3) d) Derruba as muralhas - "Quando o som da trombeta for mais forte e ouvirdes a sua voz, todo o povo soltará um grande clamor e a muralha da cidade desabará. Então o povo tomará (de assalto) a cidade, cada um no lugar que lhe ficar defronte". (Js 6,5) "O povo clamou e os sacerdotes tocaram as trombetas. E logo que o povo ouviu o som das trombetas, levantou um grande clamor. A muralha desabou. A multidão subiu à cidade, sem nada diante de si". (Js 6,20) 8- O LOUVOR INSPIRADO: Sabemos que se há algo triste na RCC é o Êxodo observado em certos grupos de oração, que se esvaziam a cada semana. As pessoas vão embora porque procuram a manifestação de Deus. Se não acham ali, vão para outro lugar. O louvor, assim como qualquer outra oração do Grupo de Oração, deve ser inspirada, deve ter origem na moção do próprio Espírito. Se não for inspirado, o louvor não vai gerar os frutos acima! Sempre que o louvor que você ministra não gerar os frutos esperados, o primeiro questionamento não deve ser sobre a técnica aplicada, sobre a música escolhida para o momento, sobre a qualidade do som. Você deve se questionar apenas num único aspecto fundamental: “ - Como anda minha vida de oração pessoal ?”. JAMAIS PODEMOS PERDER DE VISTA QUE O LOUVOR CARISMÁTICO COMUNITÁRIO TEM SUA ORIGEM NA ORAÇÃO DE LOUVOR PESSOAL E DIÁRIA DE QUEM O MINISTRA. SE EU NÃO LOUVO, COMO POSSO MOTIVAR ALGUÉM A FAZE-LO? IMPOSSÍVEL. O mesmo Pe. Alírio Pedrini nos dá dicas como chegar a um louvor verdadeiramente inspirado(8): a) Estar consciente de que o inspirador do louvor é o Espírito Santo. Vamos indicar algumas técnicas de louvor. Mas sem o Poder do alto serão apenas dinâmicas humanas e não terão frutos; b) Saber e querer entregar-se totalmente ao Espírito, durante todo o tempo da reunião de oração. Esvaziar-se. Esta deve ser a atitude do Ministro de louvor. Vazios, podemos ser cheios do Espírito; c) Educar-se para saber ouvir o Espírito. Geralmente se diz que música e silêncio não combinam. Isso não deveria ser verdade na vida do ministro de louvor. Devemos nos educar a silenciar; d) Passar do eu-me-mim para o tu-você-vós. Há muitos que quando oram colocam seu eu como centro da oração. É necessário colocar o Senhor no centro. Uma coisa seria Maria dizer: “Eu te louvo porque eu vou ser mãe do Salvador.” Outra é dizer: “O Senhor fez em mim maravilhas”; e) Passar do eu para o nós. A oração é comunitária, coletiva e assim deve ser motivada. Nunca “eu te louvo”, mas sempre “nós te louvamos”. Silvia Paula Monteiro da Costa Ministério Vaso Novo

sábado, 3 de março de 2012

A banda Javé Yréh lançou seu mascote!